O Assentamento Brejo dos Altos fica a cerca de 30 quilômetros da cidade de Bom Jesus. Foi criado em 2008 e é formado por 29 famílias. Pesquisa dos professores Bruna Almeida Ratke e Rafael Felippe Ratke, publicada em 2016, mostrou que as culturas cultivadas pelos agricultores do assentamento, como algumas frutíferas, eram, essencialmente, para o consumo próprio, e poucos teriam relatado que comercializavam a produção.
Esse era o caso do Salvador Ferreira. Morador do assentamento, ele investia no cultivo de feijão, macaxeira, dentre outros. A banana, por exemplo: “Plantava pouquinho pé, era do jeito tradicional que meu pai plantava. Plantava lá e deixava”, declara. A produção era tão pouca que só servia para consumo doméstico.
Em fevereiro de 2017, o professor Gustavo Alves Pereira e dois bolsistas de extensão, do Campus Professora Cinobelina Elvas, da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Bom Jesus, chegaram à comunidade do Salvador e propuseram a ele e a outro produtor uma alternativa de cultivo da banana Pacovan. A ação integrava o projeto de extensão "Implantação e Avaliação da banana Pacovan no Assentamento Brejo dos Altos", vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC/UFPI).
As ações do projeto são coordenadas com a Agritec Jr., empresa júnior do curso de Engenharia Agronômica, e o Grupo de Estudos em Fruticultura da UFPI (Frutagro), criado pelos professores Gustavo Alves e Gabriel Barbosa da Silva Júnior.
No assentamento, foram montados dois sistemas de manejo da banana Pacovan: um com 50 plantas, visando o manejo técnico, com capina, desbaste de plantas, irrigação, etc.; e outro com 50 plantas, preservando o modelo que era cultivado pela comunidade. A partir daí, foi feita a comparação da forma técnica e da forma tradicional da comunidade.
“Os primeiros resultados nos mostraram que na forma técnica, se jogar para um hectare, daria em torno de oito mil reais a mais para o produtor do que na forma da comunidade”, explica o professor Gustavo.
Vendas para o mercado
Salvador seguiu as orientações do grupo e viu a produção aumentar para uma média de dois mil quilos de banana por mês. E está até comercializando o excedente. “Estou botando no mercado devagarinho”, diz. Ele comercializa na zona rural e em alguns mercados de Bom Jesus.
“Eles deixaram de plantar somente para subsistência e estão negociando essa banana no mercado. Tem mês que o produtor chega a tirar entre mil e mil e duzentos reais com 100 plantas de banana. É uma renda muito boa para o pequeno produtor se fixar no campo”, destaca o professor Gustavo.
O projeto tem recebido a adesão de outros estudantes e o apoio da prefeitura municipal de Bom Jesus que viu na ação uma pequena solução para o homem do campo, especialmente de assentamento rural. Outro resultado interessante é a replicação do modelo pelos alunos envolvidos no projeto: filhos de pequenos agricultores, eles levam os conhecimentos e técnicas para suas comunidades e conseguem melhorar a produção do cultivo familiar.
“Essa é a ideia do nosso projeto de extensão: sair dos muros da universidade e, com isso, levar os alunos para a comunidade, associar teoria e a prática e, também, o conhecimento da comunidade que é muito importante. Sem o conhecimento da comunidade, dificilmente a pesquisa anda, então, buscamos conhecimento lá fora para trazer para dentro da academia e desenvolvermos a pesquisa e a extensão”, relata o professor Gustavo.
O projeto de extensão foi novamente aprovado pela PREXC e deve ampliar a atuação para mais produtores atendidos e acréscimo de uma nova cultura: a da acerola. “Começamos com dois produtores como modelo e hoje já temos cinco produtores interessados em cultivar a cultura da bananeira, a acerola e a fruticultura em geral. Com esse pequeno projeto de extensão já começamos a ter bons resultados, tanto de financeiro para os produtores quanto dentro da comunidade”, informa o professor.
Ótima notícia para o Salvador Ferreira que quer aprender mais com o grupo da UFPI. “Todo conhecimento é bem-vindo. Estamos com o projeto de acerola que vai ser implantado agora. Tudo o que levarem para dar uma melhorada vai aumentar a renda da gente”, finaliza.
Esse era o caso do Salvador Ferreira. Morador do assentamento, ele investia no cultivo de feijão, macaxeira, dentre outros. A banana, por exemplo: “Plantava pouquinho pé, era do jeito tradicional que meu pai plantava. Plantava lá e deixava”, declara. A produção era tão pouca que só servia para consumo doméstico.
Em fevereiro de 2017, o professor Gustavo Alves Pereira e dois bolsistas de extensão, do Campus Professora Cinobelina Elvas, da Universidade Federal do Piauí (UFPI) em Bom Jesus, chegaram à comunidade do Salvador e propuseram a ele e a outro produtor uma alternativa de cultivo da banana Pacovan. A ação integrava o projeto de extensão "Implantação e Avaliação da banana Pacovan no Assentamento Brejo dos Altos", vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC/UFPI).
As ações do projeto são coordenadas com a Agritec Jr., empresa júnior do curso de Engenharia Agronômica, e o Grupo de Estudos em Fruticultura da UFPI (Frutagro), criado pelos professores Gustavo Alves e Gabriel Barbosa da Silva Júnior.
No assentamento, foram montados dois sistemas de manejo da banana Pacovan: um com 50 plantas, visando o manejo técnico, com capina, desbaste de plantas, irrigação, etc.; e outro com 50 plantas, preservando o modelo que era cultivado pela comunidade. A partir daí, foi feita a comparação da forma técnica e da forma tradicional da comunidade.
“Os primeiros resultados nos mostraram que na forma técnica, se jogar para um hectare, daria em torno de oito mil reais a mais para o produtor do que na forma da comunidade”, explica o professor Gustavo.
Vendas para o mercado
Salvador seguiu as orientações do grupo e viu a produção aumentar para uma média de dois mil quilos de banana por mês. E está até comercializando o excedente. “Estou botando no mercado devagarinho”, diz. Ele comercializa na zona rural e em alguns mercados de Bom Jesus.
“Eles deixaram de plantar somente para subsistência e estão negociando essa banana no mercado. Tem mês que o produtor chega a tirar entre mil e mil e duzentos reais com 100 plantas de banana. É uma renda muito boa para o pequeno produtor se fixar no campo”, destaca o professor Gustavo.
O projeto tem recebido a adesão de outros estudantes e o apoio da prefeitura municipal de Bom Jesus que viu na ação uma pequena solução para o homem do campo, especialmente de assentamento rural. Outro resultado interessante é a replicação do modelo pelos alunos envolvidos no projeto: filhos de pequenos agricultores, eles levam os conhecimentos e técnicas para suas comunidades e conseguem melhorar a produção do cultivo familiar.
“Essa é a ideia do nosso projeto de extensão: sair dos muros da universidade e, com isso, levar os alunos para a comunidade, associar teoria e a prática e, também, o conhecimento da comunidade que é muito importante. Sem o conhecimento da comunidade, dificilmente a pesquisa anda, então, buscamos conhecimento lá fora para trazer para dentro da academia e desenvolvermos a pesquisa e a extensão”, relata o professor Gustavo.
O projeto de extensão foi novamente aprovado pela PREXC e deve ampliar a atuação para mais produtores atendidos e acréscimo de uma nova cultura: a da acerola. “Começamos com dois produtores como modelo e hoje já temos cinco produtores interessados em cultivar a cultura da bananeira, a acerola e a fruticultura em geral. Com esse pequeno projeto de extensão já começamos a ter bons resultados, tanto de financeiro para os produtores quanto dentro da comunidade”, informa o professor.
Ótima notícia para o Salvador Ferreira que quer aprender mais com o grupo da UFPI. “Todo conhecimento é bem-vindo. Estamos com o projeto de acerola que vai ser implantado agora. Tudo o que levarem para dar uma melhorada vai aumentar a renda da gente”, finaliza.
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