O novo titular do Ministério da Educação, Abraham Weintraub, de 48 anos, já deixou clara sua proximidade com as ideias do escritor Olavo de Carvalho, conhecido pela influência que vem exercendo na pasta e responsável pela indicação de seu antecessor, Ricardo Vélez Rodríguez, demitido nessa segunda-feira (8) em meio a uma crise de gestão. Assim como Vélez, já deu declarações polêmicas.
Abraham fez carreira no Banco Votorantim, onde atuou por 18 anos. Começou como office-boy e virou, ao logo dos anos, economista-chefe e diretor. Após ser demitido, passou para a Quest Corretora, da qual era sócio. Depois de deixar a iniciativa privada passou a se dedicar como professor da Unifesp, assim como o irmão mais novo. Os dois também fundaram o Centro de Estudos em Seguridade, que presta consultoria a empresas e publica uma revista sobre Previdência.
Comunistas e Olavo de Carvalho
"Quando ele (um comunista) chegar para você com o papo 'nhoim nhoim', xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais", disse em um evento no fim do ano passado, conforme relato feito à época pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Na ocasião, em 8 de dezembro, ele participava, em Foz do Iguaçu (PR), de um painel sobre economia da Cúpula Conservadora das Américas, ao lado de outros defensores das ideias de Olavo. O polemista também participou do evento por videoconfêrencia. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, estava presente no encontro.
Nesse dia, Abraham defendeu o combate ao "marxismo cultural nas universidades". E disse que é preciso vencer o comunismo e evitar outras ameaças, como ataques islâmicos, para que o Brasil seja um dos países mais pacíficos do mundo. "Dá para ganhar deles. É Olavo de Carvalho adaptado", disse Abraham.
O agora ministro da Educação estava até então como secretário-executivo da Casa Civil, o número dois, abaixo apenas de Onyx Lorenzoni. A função foi dada a ele justamente por ser um cargo-chave nas negociações com o Congresso da reforma da Previdência, trabalho que ele e seu irmão Arthur Weintraub, de 42 anos, já haviam começado a desenvolver ainda na pré-campanha eleitoral e que continuaram na equipe de transição para o novo governo. Arthur é assessor especial da Presidência da República.
O novo ministro da Educação e seu irmão foram apresentados a Bolsonaro, no Congresso, por Onyx em abril de 2017. Os dois então passaram a prestar consultoria para o então deputado em assuntos econômicos, principalmente previdenciários, no qual são especialistas.
Abraham Weintraub se formou em ciências econômicas pela Universidade de São Paulo (USP) em 1994. É mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor de Ciências Contábeis na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Seu irmão é professor de Ciências Atuariais na mesma instituição.
Em entrevista ao Estadão, em agosto de 2018, os dois classificaram como “rotulação pobre” o conceito de direita e esquerda. “Somos humanistas, democratas, liberais, lemos a Bíblia (Velho e Novo Testamento) e a temos como referência", afirmou.
Os irmãos são avessos a entrevistas e só falaram com o jornal sob a condição de que suas respostas, enviadas por e-mail, fossem publicadas na íntegra. Eles disseram ser perseguidos e alvo de ameaças desde que seu vínculo com Bolsonaro se tornou público.
Abraham fez carreira no Banco Votorantim, onde atuou por 18 anos. Começou como office-boy e virou, ao logo dos anos, economista-chefe e diretor. Após ser demitido, passou para a Quest Corretora, da qual era sócio. Depois de deixar a iniciativa privada passou a se dedicar como professor da Unifesp, assim como o irmão mais novo. Os dois também fundaram o Centro de Estudos em Seguridade, que presta consultoria a empresas e publica uma revista sobre Previdência.
Comunistas e Olavo de Carvalho
"Quando ele (um comunista) chegar para você com o papo 'nhoim nhoim', xinga. Faz como o Olavo de Carvalho diz para fazer. E quando você for dialogar, não pode ter premissas racionais", disse em um evento no fim do ano passado, conforme relato feito à época pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Na ocasião, em 8 de dezembro, ele participava, em Foz do Iguaçu (PR), de um painel sobre economia da Cúpula Conservadora das Américas, ao lado de outros defensores das ideias de Olavo. O polemista também participou do evento por videoconfêrencia. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, estava presente no encontro.
Nesse dia, Abraham defendeu o combate ao "marxismo cultural nas universidades". E disse que é preciso vencer o comunismo e evitar outras ameaças, como ataques islâmicos, para que o Brasil seja um dos países mais pacíficos do mundo. "Dá para ganhar deles. É Olavo de Carvalho adaptado", disse Abraham.
O agora ministro da Educação estava até então como secretário-executivo da Casa Civil, o número dois, abaixo apenas de Onyx Lorenzoni. A função foi dada a ele justamente por ser um cargo-chave nas negociações com o Congresso da reforma da Previdência, trabalho que ele e seu irmão Arthur Weintraub, de 42 anos, já haviam começado a desenvolver ainda na pré-campanha eleitoral e que continuaram na equipe de transição para o novo governo. Arthur é assessor especial da Presidência da República.
O novo ministro da Educação e seu irmão foram apresentados a Bolsonaro, no Congresso, por Onyx em abril de 2017. Os dois então passaram a prestar consultoria para o então deputado em assuntos econômicos, principalmente previdenciários, no qual são especialistas.
Abraham Weintraub se formou em ciências econômicas pela Universidade de São Paulo (USP) em 1994. É mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor de Ciências Contábeis na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Seu irmão é professor de Ciências Atuariais na mesma instituição.
Em entrevista ao Estadão, em agosto de 2018, os dois classificaram como “rotulação pobre” o conceito de direita e esquerda. “Somos humanistas, democratas, liberais, lemos a Bíblia (Velho e Novo Testamento) e a temos como referência", afirmou.
Os irmãos são avessos a entrevistas e só falaram com o jornal sob a condição de que suas respostas, enviadas por e-mail, fossem publicadas na íntegra. Eles disseram ser perseguidos e alvo de ameaças desde que seu vínculo com Bolsonaro se tornou público.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião desta página, se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.