A manifestação #EleNão em protesto contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro, que se espalhou por cidades brasileiras nesse sábado, 29/10, foi a maior manifestação de mulheres na história do Brasil. Foi também uma das maiores manifestações contra um candidato, independentemente das mulheres. As afirmações são de Céli Regina Jardim Pinto, autora do livro "Uma história do feminismo no Brasil" e professora do Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O número total de pessoas que participaram das manifestações é incerto - a Polícia Militar não divulgou estimativas de público nas principais cidades, como costumava fazer durante as manifestações pró e contra impeachment de Dilma Rousseff.
Segundo o G1, 114 cidades em 10 estados tiveram manifestações contrárias a Bolsonaro. Também houve atos em diferentes cidades do mundo, como Nova York, Lisboa, Paris e Londres. As maiores manifestações aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Usando imagens aéreas dos atos, a BBC News Brasil calculou a área ocupada pelos manifestantes e fez estimativas conservadoras do número de presentes: 100 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo, e 25 mil na Cinelândia, no Rio, no momento de pico.
Não se sabe se a manifestação terá impacto nas eleições. Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto, com 28%. Desde o início da campanha, o candidato teve trajetória de crescimento. Tinha 20% no final de agosto, foi para 22%, então 26% - dados do Ibope. Em 18 de setembro, chegou aos 28%, onde estacionou. Uma nova pesquisa encomendada pela CNT e divulgada neste domingo, 30/09, mostra Bolsonaro com 28,2% e o crescimento de Fernando Haddad (PT), de 22% para 25,2%.
Bolsonaro é mais rejeitado entre as mulheres. Segundo o Datafolha, 52% das mulheres dizem que não votam no ex-capitão do Exército de jeito nenhum. Entre os homens, o percentual é de 38%.
Assim, as mulheres representam a maior pedra no sapato de Bolsonaro em um possível segundo turno. "Se Bolsonaro conseguir 30% dos votos das mulheres, ele vai precisar de 70% dos votos dos homens para vencer. Fica difícil", exemplificou o cientista político Bruno Wanderley Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais.
O #EleNão saiu das redes sociais para as ruas. A ideia teria surgido no grupo de Facebook Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que tem hoje 3,88 milhões de membros. A partir daí, o movimento se espalhou pelas redes. Mulheres, anônimas e famosas, brasileiras e estrangeiras começaram a postar a hashtag nas redes sociais - entre elas, Madonna. Homens também aderiram.
Em Teresina, Piauí, a manifestação reuniu cerca de 5 mil pessoas que caminharam pela Frei Serafim em direção ao Espaço Cultural Francisco Júnior, debaixo da ponte Juscelino Kubitschek, local onde várias artistas se apresentaram.
"Sim somos pelo amor e nunca pelo ódio ! Sim somos pela família ! Somos por todas as famílias onde o amor esteja presente ! Mas somos contra todas as famílias em que as mulheres são espancadas e até assassinadas !", ressaltou a professora doutora, Ana Regina Rego, da UFPI, uma das organizadoras do protesto.
O número total de pessoas que participaram das manifestações é incerto - a Polícia Militar não divulgou estimativas de público nas principais cidades, como costumava fazer durante as manifestações pró e contra impeachment de Dilma Rousseff.
Segundo o G1, 114 cidades em 10 estados tiveram manifestações contrárias a Bolsonaro. Também houve atos em diferentes cidades do mundo, como Nova York, Lisboa, Paris e Londres. As maiores manifestações aconteceram em São Paulo e no Rio de Janeiro. Usando imagens aéreas dos atos, a BBC News Brasil calculou a área ocupada pelos manifestantes e fez estimativas conservadoras do número de presentes: 100 mil pessoas no Largo da Batata, em São Paulo, e 25 mil na Cinelândia, no Rio, no momento de pico.
Não se sabe se a manifestação terá impacto nas eleições. Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto, com 28%. Desde o início da campanha, o candidato teve trajetória de crescimento. Tinha 20% no final de agosto, foi para 22%, então 26% - dados do Ibope. Em 18 de setembro, chegou aos 28%, onde estacionou. Uma nova pesquisa encomendada pela CNT e divulgada neste domingo, 30/09, mostra Bolsonaro com 28,2% e o crescimento de Fernando Haddad (PT), de 22% para 25,2%.
Bolsonaro é mais rejeitado entre as mulheres. Segundo o Datafolha, 52% das mulheres dizem que não votam no ex-capitão do Exército de jeito nenhum. Entre os homens, o percentual é de 38%.
Assim, as mulheres representam a maior pedra no sapato de Bolsonaro em um possível segundo turno. "Se Bolsonaro conseguir 30% dos votos das mulheres, ele vai precisar de 70% dos votos dos homens para vencer. Fica difícil", exemplificou o cientista político Bruno Wanderley Reis, da Universidade Federal de Minas Gerais.
O #EleNão saiu das redes sociais para as ruas. A ideia teria surgido no grupo de Facebook Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que tem hoje 3,88 milhões de membros. A partir daí, o movimento se espalhou pelas redes. Mulheres, anônimas e famosas, brasileiras e estrangeiras começaram a postar a hashtag nas redes sociais - entre elas, Madonna. Homens também aderiram.
Em Teresina, Piauí, a manifestação reuniu cerca de 5 mil pessoas que caminharam pela Frei Serafim em direção ao Espaço Cultural Francisco Júnior, debaixo da ponte Juscelino Kubitschek, local onde várias artistas se apresentaram.
"Sim somos pelo amor e nunca pelo ódio ! Sim somos pela família ! Somos por todas as famílias onde o amor esteja presente ! Mas somos contra todas as famílias em que as mulheres são espancadas e até assassinadas !", ressaltou a professora doutora, Ana Regina Rego, da UFPI, uma das organizadoras do protesto.
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