Nexo | A diretoria da Petrobras anunciou na quinta-feira (6) que vai atuar para evitar variações muito bruscas no preço da gasolina. A medida é mais uma flexibilização da política de preços dos combustíveis implantada no início do governo de Michel Temer.
Desde 2016, a Petrobras repassa ao consumidor de combustível no Brasil todas as variações no preço do barril de petróleo no mercado internacional. A política de pautar os preços no mercado externo, segundo o anúncio da empresa, vai continuar. A mudança vai se dar é nos momentos de turbulência, atenuando a amplitude das variações.
As novas regras valerão apenas para a gasolina. O anúncio vem em um momento de alta da gasolina. Desde o dia 10 de agosto, seguidos reajustes elevaram o preço do litro da gasolina na refinaria de R$ 1,90 para R$ 2,21, 16,3%.
AUMENTO RECENTE
O preço na refinaria é bem mais baixo do que o que chega ao posto, mas é a base para as variações no valor que o consumidor vai pagar. E é nessa etapa que a Petrobras tem o poder de controlar o preço.
COMO SE DÁ O CONTROLE
A Petrobras tem um controle informal sobre o preço dos combustíveis no Brasil. Oficialmente, o preço é livremente definido pelo mercado, mas a estatal tem praticamente um monopólio em uma das etapas de produção: o refino. Assim, o preço que a estatal define para o combustível recém refinado é a base para todos os preços no país. Antes do tanque, a gasolina e o diesel passam ainda por distribuidoras e pelos postos. Ao preço básico das refinarias, somam-se os impostos e todos os custos das empresas envolvidas na distribuição e venda - além dos lucros.
QUAL A POLÍTICA IMPLANTADA
Quando assumiu a Presidência, em 2016, Temer mudou a política de preços praticada pela Petrobras. Na época, a gestão escolhida para a estatal, sob o comando de Pedro Parente, definiu que a partir dali o preço dos combustíveis no Brasil seria pautado pela cotação do barril de petróleo no mercado internacional - em dólares. Nas últimas semanas, não só o petróleo, mas também o câmbio têm puxado o preço da gasolina.
CONGELAMENTO
A política no governo Dilma Atualmente a gasolina é vendida com base no valor de mercado do petróleo, mas não foi assim durante o governo de Dilma Rousseff. A ex-presidente interferia nos rumos dos preços dos combustíveis. Isso era usado como parte de sua política econômica para incentivar a produção e segurar a inflação.
A Petrobras é uma empresa de capital misto, parte é privada e parte do governo. Seu Conselho de Administração tem autonomia para definir a política de preços. A questão é que o governo é o acionista majoritário, com poder de decisão no conselho.
O consumidor e as empresas compraram combustível mais barato durante anos, mas isso fez com que a Petrobras acumulasse sérios prejuízos e, quando o preço aumentou, a inflação que estava represada cresceu junto.
Desde 2016, a Petrobras repassa ao consumidor de combustível no Brasil todas as variações no preço do barril de petróleo no mercado internacional. A política de pautar os preços no mercado externo, segundo o anúncio da empresa, vai continuar. A mudança vai se dar é nos momentos de turbulência, atenuando a amplitude das variações.
As novas regras valerão apenas para a gasolina. O anúncio vem em um momento de alta da gasolina. Desde o dia 10 de agosto, seguidos reajustes elevaram o preço do litro da gasolina na refinaria de R$ 1,90 para R$ 2,21, 16,3%.
AUMENTO RECENTE
O preço na refinaria é bem mais baixo do que o que chega ao posto, mas é a base para as variações no valor que o consumidor vai pagar. E é nessa etapa que a Petrobras tem o poder de controlar o preço.
COMO SE DÁ O CONTROLE
A Petrobras tem um controle informal sobre o preço dos combustíveis no Brasil. Oficialmente, o preço é livremente definido pelo mercado, mas a estatal tem praticamente um monopólio em uma das etapas de produção: o refino. Assim, o preço que a estatal define para o combustível recém refinado é a base para todos os preços no país. Antes do tanque, a gasolina e o diesel passam ainda por distribuidoras e pelos postos. Ao preço básico das refinarias, somam-se os impostos e todos os custos das empresas envolvidas na distribuição e venda - além dos lucros.
QUAL A POLÍTICA IMPLANTADA
Quando assumiu a Presidência, em 2016, Temer mudou a política de preços praticada pela Petrobras. Na época, a gestão escolhida para a estatal, sob o comando de Pedro Parente, definiu que a partir dali o preço dos combustíveis no Brasil seria pautado pela cotação do barril de petróleo no mercado internacional - em dólares. Nas últimas semanas, não só o petróleo, mas também o câmbio têm puxado o preço da gasolina.
CONGELAMENTO
A política no governo Dilma Atualmente a gasolina é vendida com base no valor de mercado do petróleo, mas não foi assim durante o governo de Dilma Rousseff. A ex-presidente interferia nos rumos dos preços dos combustíveis. Isso era usado como parte de sua política econômica para incentivar a produção e segurar a inflação.
A Petrobras é uma empresa de capital misto, parte é privada e parte do governo. Seu Conselho de Administração tem autonomia para definir a política de preços. A questão é que o governo é o acionista majoritário, com poder de decisão no conselho.
O consumidor e as empresas compraram combustível mais barato durante anos, mas isso fez com que a Petrobras acumulasse sérios prejuízos e, quando o preço aumentou, a inflação que estava represada cresceu junto.
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