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Redação

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05/09/2018 - 09h45

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05/09/2018 - 09h45

Regina Sousa protesta contra aumento salarial para ministros do STF

O salário de um ministro do STF passou de 33,7 mil para R$ 39,3 mil.

 Philipe Nagô

Senadora Regina Sousa (PT/PI)

 Senadora Regina Sousa (PT/PI)

A senadora Regina Sousa (PT-PI) foi à tribuna na tarde desta terça-feira (04) para, entre outros temas, tratar da questão do polêmico reajuste de salários que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram se conceder. O aumento de 16,38% foi incluído na proposta orçamentária da União para o ano de 2019. Segundo apurou a senadora piauiense, apenas no Judiciário federal, o impacto estimado pelo reajuste nos salários dos ministros do STF é de R$ 712 milhões por ano. Hoje, explica a senadora, o salário de um ministro do STF já é o maior do funcionalismo público e atualmente está em R$ 33,7 mil. Com o reajuste, chegará a R$ 39,3 mil.

Não posso deixar de falar sobre isso. Eu não acredito que o Congresso Nacional vá aprovar um reajuste apenas para os ministros do Supremo Tribunal Federal em um momento em que até que o Bolsa Família está sendo colocado em risco”, disse. “Será que os senhores terão a coragem de dar reajuste para quem já ganha o máximo, retirando o pão de cada dia justamente de quem ganha menos”?


Regina cobrou coerência e respeito ao povo. “O povo pensa, o povo observa e percebe o que estamos fazendo. As pessoas sabem que setores do Judiciário querem receber reajuste salarial e ainda continuar embolsando o auxílio-moradia, mesmo sem necessidade. E o povo sabe que, mesmo recebendo este reajuste imoral nos seus já altos salários, o auxílio-moradia não acabará coisa nenhuma, pois dirão que ‘já virou direito adquirido’, previu.

Os privilégios vão se perpetuando, vão virando lei às custas dos sacrifícios dos mais pobres. Retiram da Previdência, do salário mínimo e do Bolsa Família para pagar salários irreais. Então, volto a insistir: não acredito que esta Casa tenha coragem de debater esse assunto e aprovar o reajuste dos ministros do Supremo, pois seria uma aberração pagar aos ricos com o dinheiro dos pobres”, concluiu

Philipe Nagô

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