Nexo Jonal | Se a disputa por uma das 513 vagas da Câmara dos Deputados fosse comparada a um vestibular, a relação candidato/vaga em 2018 seria a mais concorrida das sete eleições mais recentes.
São 8.272 pessoas registradas como candidatos e candidatas a deputado federal no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). É o mesmo que dizer que, em média, 16 candidatos vão concorrer a uma cadeira da casa legislativa federal.
Esses números, tanto os absolutos quanto a relação candidato por vaga, são os mais altos desde 1994.
QUAL IDEIA ESTÁ EM JOGO
A Câmara dos Deputados é a casa legislativa que serve de referência para divisão de ativos políticos importantes para a sobrevivência dos partidos: fundos partidário e eleitoral e tempo de rádio e TV. Ganham mais dinheiro público e tempo de exposição as legendas com mais deputados eleitos. Essa relação torna a eleição para deputados federais sempre relevante para as siglas no momento da definição das candidaturas.
Disputa em 2018 tem novas regras
A concorrência para a Câmara pode ser ainda maior em alguns cenários estaduais. As 513 vagas são divididas de acordo com a população de cada estado: nenhum pode ter menos que 8 nem mais que 70 representantes eleitos.
Rio e São Paulo, com 1.100 e 1.651 registros de candidatura respectivamente, são os estados mais disputados. A relação candidato/vaga por uma das 45 cadeiras a que o Rio tem direito é de 23,9. São Paulo, com 70 vagas, fica com um índice de 23,5. A disputa é menor no Pará e em Alagoas, onde a relação candidato/vaga é de 8,4 e 8,5, respectivamente.
Em 7 de outubro, os eleitores votam também para deputado estadual, distrital (no caso do Distrito Federal), senador (serão eleitos dois por estado), governador e presidente da República.
Entre os postulantes à Câmara, 2.617 são mulheres, o equivalente a 31,6% do total. A participação de mulheres aparece um pouco acima do registrado em 2014 (27,9%), em parte reflexo da exigência da Justiça Eleitoral para que ao menos 30% das candidaturas sejam do gênero feminino nas disputas aos cargos proporcionais (deputados e vereador). As eleições de 2018 têm ainda uma mudança importante. Serão as primeiras com novas regras para a disputa proporcional (como é chamado o processo de escolha de deputados).
As legendas terão de atingir um percentual mínimo de votos ou eleger uma bancada mínima para assegurar o acesso a tempo de TV e fundo partidário. É a chamada cláusula de barreira ou cláusula de desempenho.
Mais partidos, mais candidatos
Os 8.272 pedidos de registro de candidatura à Câmara representam 29,4% do universo total de candidatos (28.099) para todos os cargos. A proporção é um pouco acima da verificada em 2014, quando 27,2% das candidaturas (de um total de 26.162) miravam a Câmara.
Os números ainda podem mudar até que a Justiça Eleitoral verifique se todos os registros estão de acordo com as exigências legais.
Como os gráficos acima mostram, o aumento de candidaturas a deputado federal e da concorrência é uma constante de 1994 para cá. A cientista política Andréa Freitas relaciona essa trajetória ao crescimento do número de partidos políticos nos últimos dez anos.
Em 2010, por exemplo, havia 27 partidos aptos a participar da eleição. Em 2014, eles passaram para 32 e, em 2018, há 35 legendas. Logo, há mais partidos autorizados a registrarem candidatos.
São 8.272 pessoas registradas como candidatos e candidatas a deputado federal no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). É o mesmo que dizer que, em média, 16 candidatos vão concorrer a uma cadeira da casa legislativa federal.
Esses números, tanto os absolutos quanto a relação candidato por vaga, são os mais altos desde 1994.
QUAL IDEIA ESTÁ EM JOGO
A Câmara dos Deputados é a casa legislativa que serve de referência para divisão de ativos políticos importantes para a sobrevivência dos partidos: fundos partidário e eleitoral e tempo de rádio e TV. Ganham mais dinheiro público e tempo de exposição as legendas com mais deputados eleitos. Essa relação torna a eleição para deputados federais sempre relevante para as siglas no momento da definição das candidaturas.
Disputa em 2018 tem novas regras
A concorrência para a Câmara pode ser ainda maior em alguns cenários estaduais. As 513 vagas são divididas de acordo com a população de cada estado: nenhum pode ter menos que 8 nem mais que 70 representantes eleitos.
Rio e São Paulo, com 1.100 e 1.651 registros de candidatura respectivamente, são os estados mais disputados. A relação candidato/vaga por uma das 45 cadeiras a que o Rio tem direito é de 23,9. São Paulo, com 70 vagas, fica com um índice de 23,5. A disputa é menor no Pará e em Alagoas, onde a relação candidato/vaga é de 8,4 e 8,5, respectivamente.
Em 7 de outubro, os eleitores votam também para deputado estadual, distrital (no caso do Distrito Federal), senador (serão eleitos dois por estado), governador e presidente da República.
Entre os postulantes à Câmara, 2.617 são mulheres, o equivalente a 31,6% do total. A participação de mulheres aparece um pouco acima do registrado em 2014 (27,9%), em parte reflexo da exigência da Justiça Eleitoral para que ao menos 30% das candidaturas sejam do gênero feminino nas disputas aos cargos proporcionais (deputados e vereador). As eleições de 2018 têm ainda uma mudança importante. Serão as primeiras com novas regras para a disputa proporcional (como é chamado o processo de escolha de deputados).
As legendas terão de atingir um percentual mínimo de votos ou eleger uma bancada mínima para assegurar o acesso a tempo de TV e fundo partidário. É a chamada cláusula de barreira ou cláusula de desempenho.
Mais partidos, mais candidatos
Os 8.272 pedidos de registro de candidatura à Câmara representam 29,4% do universo total de candidatos (28.099) para todos os cargos. A proporção é um pouco acima da verificada em 2014, quando 27,2% das candidaturas (de um total de 26.162) miravam a Câmara.
Os números ainda podem mudar até que a Justiça Eleitoral verifique se todos os registros estão de acordo com as exigências legais.
Como os gráficos acima mostram, o aumento de candidaturas a deputado federal e da concorrência é uma constante de 1994 para cá. A cientista política Andréa Freitas relaciona essa trajetória ao crescimento do número de partidos políticos nos últimos dez anos.
Em 2010, por exemplo, havia 27 partidos aptos a participar da eleição. Em 2014, eles passaram para 32 e, em 2018, há 35 legendas. Logo, há mais partidos autorizados a registrarem candidatos.
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