O 3º Encontro Nacional da Articulação das Pastorais do Campo, acontecido em Luziânia-GO, divulgou a “Carta do Terceiro Encontro Nacional das Pastorais do Campo”. Participaram do evento agentes de pastoral da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Cáritas Brasileira, Serviço Pastoral do Migrante (SPM), Pastoral da Juventude Rural (PJR) e Conselho Indigenista Missionário (Cimi).
A carta trata sobre o contexto político atual enfrentado pelo povo, Pastorais do Campo e demais movimentos sociais. O documento, além de denunciar a continuidade do golpe, personificada nos retrocessos que pautam o Governo Temer, e o contexto de manipulações midiática e jurídica em vigência, também convoca os povos atingidos por esse cenário a utilizarem da união como ferramenta de enfrentamento.
Para Cléber César Buzatto, secretário executivo do Cimi, a carta se constitui como “posicionamento das organizações das Pastorais do Campo, acerca da atual situação política, reafirmando a causa [das Pastorais], em defesa de uma sociedade justa, pluricultural, pluriétnica, fazendo frente às agressões que a sociedade vem sofrendo”.
CARTA DO TERCEIRO ENCONTRO NACIONAL DAS PASTORAIS SOCIAIS DO CAMPO
“Jesus disse: Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos Fariseus e com o fermento de Herodes” (Marcos 8,15)
Nós, representantes das pastorais sociais do campo – Pastoral da Juventude Rural (PJR), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas Brasileira, Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) – reunidos de 3 a 5 de agosto de 2018 em Luziania/GO, em nosso terceiro encontro declaramos que:
Fortalecidos pela linha pastoral do Papa Francisco, reafirmamos nosso compromisso evangelizador, levando a Boa Nova da libertação junto aos povos indígenas, comunidades tradicionais, pescadoras e pescadores e camponesas e camponeses, em defesa dos seus territórios, dos seus modos de vida e de suas culturas, que garantem a diversidade alimentar e subsistência da humanidade.
A nossa união é o principal instrumento de ação contra a força do capital, especialmente em um momento em que a idolatria do mercado está espoliando os bens coletivos da criação, confiados aos povos da terra, das águas, e das florestas. Este contexto coloca em risco a casa comum, os direitos ancestrais dos povos; o clima de nosso planeta e a soberania alimentar e nacional.
Rejeitamos as iniciativas em curso, materializadas em políticas que tem como objetivo entregar os territórios e as águas aos grupos que representam o capital privado, sejam fazendeiros, madeireiros, mineradoras, petroleiros e aqueles travestidos de mecanismos ambientalmente sustentáveis.
Frente aos golpes contra a democracia, os retrocessos do Governo Temer, a manipulação midiática, a judicialização do processo eleitoral e político, a prisão de Lula e o impedimento de sua candidatura, reafirmamos que combateremos o avanço dos setores conservadores seja nas urnas ou em qualquer outra tentativa de aparelhamento do Estado.
Nestes tempos tão conturbados e duros contra os povos, precisamos ouvir os sinais do Espírito, renovando nosso compromisso evangélico, e depurar as estruturas de fé de nossas igrejas. Convertemo-nos, nós mesmos, aos ideais mais puros do Reino.
Conclamamos assim a todos os povos, trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, a recusar este sistema de padrão destrutivo, marcado pela desigualdade, pela violência e pela violação dos direitos humanos.
Reafirmamos nossa posição anticapitalista e antifascista contra a frente neoliberal, a favor da consolidação da perspectiva do Bem Viver e da construção do Reino até a plena libertação dos povos.
A carta trata sobre o contexto político atual enfrentado pelo povo, Pastorais do Campo e demais movimentos sociais. O documento, além de denunciar a continuidade do golpe, personificada nos retrocessos que pautam o Governo Temer, e o contexto de manipulações midiática e jurídica em vigência, também convoca os povos atingidos por esse cenário a utilizarem da união como ferramenta de enfrentamento.
Para Cléber César Buzatto, secretário executivo do Cimi, a carta se constitui como “posicionamento das organizações das Pastorais do Campo, acerca da atual situação política, reafirmando a causa [das Pastorais], em defesa de uma sociedade justa, pluricultural, pluriétnica, fazendo frente às agressões que a sociedade vem sofrendo”.
CARTA DO TERCEIRO ENCONTRO NACIONAL DAS PASTORAIS SOCIAIS DO CAMPO
“Jesus disse: Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos Fariseus e com o fermento de Herodes” (Marcos 8,15)
Nós, representantes das pastorais sociais do campo – Pastoral da Juventude Rural (PJR), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Cáritas Brasileira, Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) – reunidos de 3 a 5 de agosto de 2018 em Luziania/GO, em nosso terceiro encontro declaramos que:
Fortalecidos pela linha pastoral do Papa Francisco, reafirmamos nosso compromisso evangelizador, levando a Boa Nova da libertação junto aos povos indígenas, comunidades tradicionais, pescadoras e pescadores e camponesas e camponeses, em defesa dos seus territórios, dos seus modos de vida e de suas culturas, que garantem a diversidade alimentar e subsistência da humanidade.
A nossa união é o principal instrumento de ação contra a força do capital, especialmente em um momento em que a idolatria do mercado está espoliando os bens coletivos da criação, confiados aos povos da terra, das águas, e das florestas. Este contexto coloca em risco a casa comum, os direitos ancestrais dos povos; o clima de nosso planeta e a soberania alimentar e nacional.
Rejeitamos as iniciativas em curso, materializadas em políticas que tem como objetivo entregar os territórios e as águas aos grupos que representam o capital privado, sejam fazendeiros, madeireiros, mineradoras, petroleiros e aqueles travestidos de mecanismos ambientalmente sustentáveis.
Frente aos golpes contra a democracia, os retrocessos do Governo Temer, a manipulação midiática, a judicialização do processo eleitoral e político, a prisão de Lula e o impedimento de sua candidatura, reafirmamos que combateremos o avanço dos setores conservadores seja nas urnas ou em qualquer outra tentativa de aparelhamento do Estado.
Nestes tempos tão conturbados e duros contra os povos, precisamos ouvir os sinais do Espírito, renovando nosso compromisso evangélico, e depurar as estruturas de fé de nossas igrejas. Convertemo-nos, nós mesmos, aos ideais mais puros do Reino.
Conclamamos assim a todos os povos, trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, a recusar este sistema de padrão destrutivo, marcado pela desigualdade, pela violência e pela violação dos direitos humanos.
Reafirmamos nossa posição anticapitalista e antifascista contra a frente neoliberal, a favor da consolidação da perspectiva do Bem Viver e da construção do Reino até a plena libertação dos povos.
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