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Redação

contato@acessepiaui.com.br

26/06/2018 - 04h02

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26/06/2018 - 04h02

Há sinais de parcialidade e de perseguição de Fachin contra o ex-presidente Lula

Ações do ministro do STF tem sido de que Lula continue na prisão. Fachin não deve proteger Lula, mas também não deve agir de forma persecutória.

 

Ministro do STF, Edson Fachin

 Ministro do STF, Edson Fachin

O ministro do STF Edson Fachin tem tomado decisões com viés persecutório contra Lula. Há sinais de parcialidade e de perseguição jurídica na ação do ministro a respeito do ex-presidente da República.

Na semana passada, em menos de uma hora depois da decisão do TRF-4 de Porto Alegre que indeferiu recurso extraordinário de Lula ao Supremo Tribunal Federal, Fachin cancelou o julgamento que a 2ª Turma faria a respeito do caso do ex-presidente no processo do apartamento no Guarujá, no qual foi condenado a 12 anos e um mês de prisão. O timing foi político para dificultar um movimento de Lula a fim de tentar deixar a prisão.

Nessa segunda-feira, 25 de junho, a defesa do petista pediu que o caso voltasse à pauta porque amanhã será a última sessão da 2ª Turma antes do recesso do Supremo em julho. Como Lula está preso há mais de 80 dias, ele só poderá pedir para ter o recurso de saída da prisão apreciado daqui a cerca de 40 dias.

Na semana passada, a vice-presidência do TRF-4 não viu questões constitucionais no recurso extraordinário de Lula ao STF, mas elas são óbvias. O ministro Marco Aurélio Mello, por exemplo, disse em entrevista a uma rede de TV portuguesa que a prisão de Lula é ilegal em face do que está previsto na Constituição brasileira.

Pode ser alegado em defesa de Fachin que ele e outros magistrados têm entendimento diferente do de Marco Aurélio e de outros integrantes da comunidade jurídica.

Mas, no caso de Lula, as decisões são sempre para diminuir a margem de manobra para a sua defesa. Fachin não deve proteger Lula, mas também não deve agir de forma persecutória.

Quando Fachin viu que perderia o julgamento na 2ª Turma a respeito de uma habeas corpus para evitar a prisão de Lula, levou o caso ao plenário do STF. Agora, quando achou que perderia novamente, não hesitou em tirar a questão de pauta. Ele joga com o regimento _sempre que se sente acuado foge da 2ª Turma e opta por levar a contenda ao plenário.

Há outros casos que sinalizam parcialidade quando se trata do ex-presidente da República. O ministro Luiz Fux, por exemplo, já disse que poderia ser tomada decisão de ofício para declarar que Lula não será candidato à Presidência.

A presidente do STF, Cármen Lúcia, ajudou os senadores Aécio Neves (PSDB) e Renan Calheiros (MDB) em julgamentos durante a sua gestão, mas atuou para prejudicar Lula quando evitou deliberação sobre a aplicação da pena de prisão após condenação em segunda instância.

Lula não deve ser beneficiado por ser quem é, mas também não deve ser perseguido.

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Kennedy Alencar é jornalista, no Blog do Kennedy. 

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