O PT vai fazer no domingo, 27 de maio, atos em todo o país de lançamento da pré-candidatura de Lula presidente, em todas as cidades onde há diretórios do partido.
Apesar de preso a cinquenta dias e ameaçado pela Justiça Eleitoral de ficar fora da disputa, Lula continua liderando com folga todas as pesquisas, a léguas de distância dos seus adversários, mantendo-se acima dos 30%.
A ofensiva do partido tem dois objetivos: dar a candidatura como fato consumado e afastar qualquer possibilidade de aliança com Ciro Gomes agora.
Em consequência, deve escolher logo o candidato a vice, provavelmente Fernando Haddad, que já começou a rodar o país em conversas com governadores petistas e possíveis aliados, como o PSB, para discutir o programa de governo que está coordenando.
Esta estratégia foi traçada pelo próprio Lula e está sendo executada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que convocou todos os diretórios municipais para participarem dos atos.
O passo seguinte é registrar a candidatura de Lula até o dia 15 de agosto para que ele possa aparecer no horário eleitoral, mesmo que ainda esteja preso, com os vídeos que deixou gravados.
No último levantamento do Datafolha, os mesmos 30% dos eleitores que declararam voto em Lula responderam que votariam num nome indicado por ele, o que levou o partido a decidir pela formação da chapa “puro-sangue”, logo após o lançamento de domingo.
Enquanto a direita, agora rotulada de “centro reformador e progressista”, ainda procura um candidato de união, a decisão do PT terá o mesmo efeito na esquerda, onde uma aliança com Ciro só seria possível no segundo turno.
A diferença é que os três candidatos do bloco governista, Alckmin, Meirelles e Maia, oscilam entre 1% e 6% e os índices de Lula e Ciro somados chegam a 40% na mesma pesquisa.
Entre estes dois blocos, está o imenso eleitorado dos que pretendem votar em branco, anular o voto ou estão indecisos, e que acabarão decidindo quem será o sucessor de Michel Temer, que desistiu da reeleição antes do jogo começar.
No meio do caminho, ainda temos Copa do Mundo e as festas juninas, que esvaziarão o Congresso Nacional até o dia da eleição.
Dificilmente haverá mudanças neste cenário até o início da campanha na TV, mas é bom aguardar as próximas pesquisas.
Até onde o apoio a Lula vai resistir? É na busca desta resposta que seus adversários jogam as esperanças de reverter o quadro.
E mais uma vez o PT decidiu jogar tudo na candidatura de Lula, protagonista de todas as eleições desde 1989, e agora novamente.
Vida que segue.
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Ricardo Kotscho é jornalista, no blog Balaio do Kotscho.
Apesar de preso a cinquenta dias e ameaçado pela Justiça Eleitoral de ficar fora da disputa, Lula continua liderando com folga todas as pesquisas, a léguas de distância dos seus adversários, mantendo-se acima dos 30%.
A ofensiva do partido tem dois objetivos: dar a candidatura como fato consumado e afastar qualquer possibilidade de aliança com Ciro Gomes agora.
Em consequência, deve escolher logo o candidato a vice, provavelmente Fernando Haddad, que já começou a rodar o país em conversas com governadores petistas e possíveis aliados, como o PSB, para discutir o programa de governo que está coordenando.
Esta estratégia foi traçada pelo próprio Lula e está sendo executada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que convocou todos os diretórios municipais para participarem dos atos.
O passo seguinte é registrar a candidatura de Lula até o dia 15 de agosto para que ele possa aparecer no horário eleitoral, mesmo que ainda esteja preso, com os vídeos que deixou gravados.
No último levantamento do Datafolha, os mesmos 30% dos eleitores que declararam voto em Lula responderam que votariam num nome indicado por ele, o que levou o partido a decidir pela formação da chapa “puro-sangue”, logo após o lançamento de domingo.
Enquanto a direita, agora rotulada de “centro reformador e progressista”, ainda procura um candidato de união, a decisão do PT terá o mesmo efeito na esquerda, onde uma aliança com Ciro só seria possível no segundo turno.
A diferença é que os três candidatos do bloco governista, Alckmin, Meirelles e Maia, oscilam entre 1% e 6% e os índices de Lula e Ciro somados chegam a 40% na mesma pesquisa.
Entre estes dois blocos, está o imenso eleitorado dos que pretendem votar em branco, anular o voto ou estão indecisos, e que acabarão decidindo quem será o sucessor de Michel Temer, que desistiu da reeleição antes do jogo começar.
No meio do caminho, ainda temos Copa do Mundo e as festas juninas, que esvaziarão o Congresso Nacional até o dia da eleição.
Dificilmente haverá mudanças neste cenário até o início da campanha na TV, mas é bom aguardar as próximas pesquisas.
Até onde o apoio a Lula vai resistir? É na busca desta resposta que seus adversários jogam as esperanças de reverter o quadro.
E mais uma vez o PT decidiu jogar tudo na candidatura de Lula, protagonista de todas as eleições desde 1989, e agora novamente.
Vida que segue.
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Ricardo Kotscho é jornalista, no blog Balaio do Kotscho.
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