Na opinião do professor e sociólogo Antônio José Medeiros, que atua na política piauiense desde a década de 1980, o Partido dos Trabalhadores (PT) deve ter como prioridade nas eleições deste ano a reeleição da senadora Regina Sousa e a ampliação da bancada do PT na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
A defesa de Antônio José Medeiros, que não é um filiado qualquer dentro do partido, veio por meio de um manifesto. A publicação tem como contexto uma tensão entre o PT, que defende uma chapa pura para a disputa das vagas proporcionais, e os partidos da base de apoio ao governador Wellington Dias, que insistem em lançar uma única chapa, o chamado chapão.
Partido dos Trabalhadores – PT ( Simpatizantes e Filiados )
1. O grave momento que o Brasil atravessa coloca desafios fundamentais para o PT. O discurso-manifesto de Lula em São Bernardo do Campo conclama a todos a sermos as testemunhas da Ideia-Lula. Cada dia temos que manifestar nossa solidariedade a Lula e prosseguir nossa luta por sua liberdade e absolvição, bem como pela preservação de sua verdadeira imagem como grande ser humano que é e como principal liderança de esquerda no Brasil.
2. A definição da estratégia eleitoral para 2018 deve ser coerente com essa grande tarefa. Nunca a articulação entre o nível nacional e o nível estadual da estratégia foi tão necessária nas decisões do PT. Vamos lutar para eleger Lula Presidente da República. E vamos lutar para reeleger o nosso Governador Wellington Dias.
3. Mas a crise que vivemos desde o impeachment da presidente Dilma nos mostrou com clareza: um(a) presidente da República ou um(a) governador(a) de Estado não poderá executar um bom programa de governo se não começarmos a melhorar a qualidade da composição do Senado, da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas.
4. Por isso, entre as prioridades de nossa campanha eleitoral no Piauí deve estar a reeleição da Senadora Regina Sousa e a ampliação da bancada do PT na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
5. Através deste Manifesto, estamos defendendo diante das bases e da direção do Partido, e em especial junto aos(às) delegados(as) ao próximo Encontro Estadual, que a decisão mais adequada é apresentarmos chapa própria do PT para deputado estadual e para deputado federal.
6. Avançamos bastante na negociação interna e nas conversações com os partidos da base do Governo sobre a chapa própria do PT para deputado estadual. Reconhecemos o esforço feito nesse sentido pelo Presidente estadual do partido, por nossos parlamentares estaduais e pelos novos pré-candidatos. Precisamos avançar na discussão interna e nas conversações externas para solução semelhante em relação à chapa para deputado federal. E é importante que esse processo seja feito com ampla participação dos filiados e das filiadas, para a deliberação final pelo Encontro Estadual.
7. A proposta aqui defendida não tem nenhum caráter sectário ou de “egoísmo partidário”. A reforma política é a mãe de todas as reformas. Ela estimulará novos comportamentos dos partidos e dos agentes políticos, e isso vai contribuir para o resgate do respeito à Política. Ora, a reforma política já está em andamento. A Emenda Constitucional nº 97 de 04.10.15 estabeleceu a “vedação de coligações proporcionais” a partir de 2020 e introduziu a cláusula de desempenho ou de barreira já a partir de 2018; e a Lei nº 13.487 de 06.10.17 instituiu o Fundo Especial de Financiamento de Campanha que, apesar das distorções, é um passo para o financiamento público de campanha.
8. Ao propor a chapa própria do PT estamos apenas defendendo a antecipação de uma ideia que já está aprovada em lei para 2020. Uma ideia amplamente consensual.
9. Evidentemente, além dessa preocupação estratégica, é necessário considerar também o aspecto tático – “o cálculo eleitoral”:
10. Ademais, uma coligação não se expressa apenas na coligação para cargos proporcionais; aliás, a partir de 2020 isso nem poderá mais ser feito. A coligação se expressa também na formação da chapa majoritária (governador, vice, dois senadores), onde além do partido do candidato a Governador, outros partidos estão representados. Somos a favor dessa representação pluripartidária.
11. E os partidos coligados em torno da chapa majoritária sempre tiveram representação no governo de coalisão, ocupando cargos do primeiro escalão. O Governador Wellington Dias sempre manteve essa orientação e esse compromisso e deverá mantê-los no caso de sua reeleição. também
12. Por fim, para a renovação de lideranças – mecanismo saudável para a vida de qualquer democracia – é importante que haja estímulo a um número maior de candidaturas, garantindo maior competitividade entre os candidatos mesmo dentro de cada partido. O PT sempre recomendou essa prática.
13. É necessário relembrar o mais importante: a definição da tática eleitoral - momento em que a negociação entre os partidos é necessária e importante - não pode desconhecer que eleição é manifestação do povo e é o voto popular que decidirá sua concordância ou não com as bandeiras de campanha e também com as estratégias adotadas. O povo não é um detalhe!
Antônio José Castelo Branco Medeiros
A defesa de Antônio José Medeiros, que não é um filiado qualquer dentro do partido, veio por meio de um manifesto. A publicação tem como contexto uma tensão entre o PT, que defende uma chapa pura para a disputa das vagas proporcionais, e os partidos da base de apoio ao governador Wellington Dias, que insistem em lançar uma única chapa, o chamado chapão.
Leia o texto na íntegra:Estamos defendendo diante das bases e da direção do Partido, e em especial junto aos(às) delegados(as) ao próximo Encontro Estadual, que a decisão mais adequada é apresentarmos chapa própria do PT para deputado estadual e para deputado federal”, diz um trecho do manifesto assinado por Medeiros.
Partido dos Trabalhadores – PT ( Simpatizantes e Filiados )
1. O grave momento que o Brasil atravessa coloca desafios fundamentais para o PT. O discurso-manifesto de Lula em São Bernardo do Campo conclama a todos a sermos as testemunhas da Ideia-Lula. Cada dia temos que manifestar nossa solidariedade a Lula e prosseguir nossa luta por sua liberdade e absolvição, bem como pela preservação de sua verdadeira imagem como grande ser humano que é e como principal liderança de esquerda no Brasil.
2. A definição da estratégia eleitoral para 2018 deve ser coerente com essa grande tarefa. Nunca a articulação entre o nível nacional e o nível estadual da estratégia foi tão necessária nas decisões do PT. Vamos lutar para eleger Lula Presidente da República. E vamos lutar para reeleger o nosso Governador Wellington Dias.
3. Mas a crise que vivemos desde o impeachment da presidente Dilma nos mostrou com clareza: um(a) presidente da República ou um(a) governador(a) de Estado não poderá executar um bom programa de governo se não começarmos a melhorar a qualidade da composição do Senado, da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas.
4. Por isso, entre as prioridades de nossa campanha eleitoral no Piauí deve estar a reeleição da Senadora Regina Sousa e a ampliação da bancada do PT na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa.
5. Através deste Manifesto, estamos defendendo diante das bases e da direção do Partido, e em especial junto aos(às) delegados(as) ao próximo Encontro Estadual, que a decisão mais adequada é apresentarmos chapa própria do PT para deputado estadual e para deputado federal.
6. Avançamos bastante na negociação interna e nas conversações com os partidos da base do Governo sobre a chapa própria do PT para deputado estadual. Reconhecemos o esforço feito nesse sentido pelo Presidente estadual do partido, por nossos parlamentares estaduais e pelos novos pré-candidatos. Precisamos avançar na discussão interna e nas conversações externas para solução semelhante em relação à chapa para deputado federal. E é importante que esse processo seja feito com ampla participação dos filiados e das filiadas, para a deliberação final pelo Encontro Estadual.
7. A proposta aqui defendida não tem nenhum caráter sectário ou de “egoísmo partidário”. A reforma política é a mãe de todas as reformas. Ela estimulará novos comportamentos dos partidos e dos agentes políticos, e isso vai contribuir para o resgate do respeito à Política. Ora, a reforma política já está em andamento. A Emenda Constitucional nº 97 de 04.10.15 estabeleceu a “vedação de coligações proporcionais” a partir de 2020 e introduziu a cláusula de desempenho ou de barreira já a partir de 2018; e a Lei nº 13.487 de 06.10.17 instituiu o Fundo Especial de Financiamento de Campanha que, apesar das distorções, é um passo para o financiamento público de campanha.
8. Ao propor a chapa própria do PT estamos apenas defendendo a antecipação de uma ideia que já está aprovada em lei para 2020. Uma ideia amplamente consensual.
9. Evidentemente, além dessa preocupação estratégica, é necessário considerar também o aspecto tático – “o cálculo eleitoral”:
a) o PT está apresentando cerca de dez pré-candidatos a deputado(a) federal, todos e todas com compromisso e muita motivação para contribuir para o fortalecimento do partido, no esforço de manter e ampliar a bancada de esquerda no Congresso Nacional;
b) uma coligação em que dos cinco partidos que se propõem a ser parceiros quatro apresentem apenas um candidato e um apenas dois com votação expressiva previsível, considerando a votação que obtiveram na eleição passada, não parece um acordo justo.
b) uma coligação em que dos cinco partidos que se propõem a ser parceiros quatro apresentem apenas um candidato e um apenas dois com votação expressiva previsível, considerando a votação que obtiveram na eleição passada, não parece um acordo justo.
10. Ademais, uma coligação não se expressa apenas na coligação para cargos proporcionais; aliás, a partir de 2020 isso nem poderá mais ser feito. A coligação se expressa também na formação da chapa majoritária (governador, vice, dois senadores), onde além do partido do candidato a Governador, outros partidos estão representados. Somos a favor dessa representação pluripartidária.
11. E os partidos coligados em torno da chapa majoritária sempre tiveram representação no governo de coalisão, ocupando cargos do primeiro escalão. O Governador Wellington Dias sempre manteve essa orientação e esse compromisso e deverá mantê-los no caso de sua reeleição. também
12. Por fim, para a renovação de lideranças – mecanismo saudável para a vida de qualquer democracia – é importante que haja estímulo a um número maior de candidaturas, garantindo maior competitividade entre os candidatos mesmo dentro de cada partido. O PT sempre recomendou essa prática.
13. É necessário relembrar o mais importante: a definição da tática eleitoral - momento em que a negociação entre os partidos é necessária e importante - não pode desconhecer que eleição é manifestação do povo e é o voto popular que decidirá sua concordância ou não com as bandeiras de campanha e também com as estratégias adotadas. O povo não é um detalhe!
Antônio José Castelo Branco Medeiros
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