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Redação

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07/03/2018 - 13h48

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07/03/2018 - 13h48

UFPI desenvolve novo bioproduto para tratamento do câncer de pele

O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) e pelo CNPq.

 Ufpi

Pesquisadores Felipe Alves, Sabryna Brena, Juan Carlos e Anderson Nogueira

 Pesquisadores Felipe Alves, Sabryna Brena, Juan Carlos e Anderson Nogueira

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí acabam de desenvolver um novo bioproduto que pode se tornar uma importante alternativa no tratamento do câncer de pele do tipo Melanoma. O melanoma é considerado uma das formas mais agressivas e letais de câncer, que se desenvolve a partir da transformação maligna dos melanócitos, células produtoras de melanina da pele.

O novo bioproduto é constituído por nanopartículas contendo o composto α-terpineol, uma substância natural obtida de várias plantas do gênero Pinus (pinheiro), e que possui várias atividades farmacológicas descritas, tais como analgésica, anti-inflamatória e antitumoral.

Os professores da UFPI, Dr. Anderson Nogueira Mendes (Pós-Graduação em Química-PPGQ) e o Dr. Juan Carlos Ramos Gonçalves (Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais-NPPM); e os alunos Felipe Alves Batista (doutorando do PPGQ) e Sabryna Brena Cunha Fontele (graduanda em Farmácia e bolsista ICV/UFPI), incorporaram o composto natural α-terpineol em nanopartículas poliméricas e realizaram a caracterização físico-química, avaliando o potencial antitumoral/anticancerígeno do novo bioproduto sobre células de melanoma, por meio de testes farmacológicos e toxicológicos. A pesquisa contou ainda, com a colaboração do Prof. Dr. João Marcelo de Castro e Sousa, pesquisador do Núcleo de Tecnologia Farmacêutica-NTF da UFPI.

Os pesquisadores realizaram, ainda, testes sobre células normais de macrófagos de camundongo e em animais como Artemia salina, com a finalidade de avaliar o perfil toxicológico das nanopartículas contendo α-terpineol. De acordo com os resultados apresentados, foi demonstrado que o novo bioproduto foi capaz de induzir a morte das células de melanoma, sem no entanto, interferir com a integridade das células normais avaliadas.

De acordo com os pesquisadores envolvidos no projeto, esses resultados foram de grande relevância. “O processo de síntese de nanopartículas e o encapsulamento de α-terpineol demonstrou-se um método viável para o desenvolvimento de uma nova droga anticancerígena, mais efetiva e com menores efeitos adversos para o tratamento do melanoma, em um futuro próximo”, explica o professor Dr. Juan Gonçalves.

Ufpi

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