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Redação

contato@acessepiaui.com.br

23/01/2018 - 12h41

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Redação

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23/01/2018 - 12h41

Direitismo e esquerdismo extremos produzem capítulos vergonhosos da história brasileira

O Brasil, que nunca teve vocação para ser um país sério, vive momentos de tensão, marcados por extremidades ideológicas.

 

 

Em visita ao Chile e ao Peru na últa semana, o papa Francisco alertou para a profunda crise de corrupção na América Latina. Ele mencionou o escândalo envolvendo a empresa brasileira Odebrecht, que admitiu pagar bilhões em subornos, como um exemplo de ganância descontrolada. O papa defende que todas as partes da sociedade precisavam trabalhar para combater a corrupção.


No Brasil, a missão de combater esse mal não é fácil. Além da espertice dos corruptos, que procuram não produzir provas dos crimes e com isso não sofrerem condenações judiciais, a população ainda não despertou para a importância da fiscalização do dinheiro público. 

O país ainda vive os desdobramentos da operação que desmontou um dos maiores esquemas de corrupção do mundo. A Lava Jato é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve. Até março de 2017, a operação resgatou R$ 11,5 bilhões apenas com acordos firmados por órgãos como o Cade e o MPF.

Mas a atuação do judiciário nos processos oriundos da Lava Jato tem divido opiniões no país. Enquanto uns vibram com as condenações dos acusados, outros reclamam de parcialidade dos juízes, que estariam condenando sem provas. A fúria dos extremistas de direita e de esquerda ditam o tom de um enredo vergonhoso, norteado pelo maniqueísmo e partidarismo. 

Nessa arena, os dois lados cometem excessos. A direita quer ver o Lula preso, mesmo não tendo provas dos crimes supostamente cometidos por ele. Isso afronta o estado democrático de direito. Lugar de corrupto é na cadeia e longe das disputas eleitorais. Mas toda condenação precisa ser respaldada por provas incontestáveis e após garantir amplo direito ao contraditório. Já a esquerda exagera no endeusamento do Lula, que pode ser inocente, mas nomeou inúmeras pessoas desonestas para gerir dinheiro público, tal qual fez os governos anteriores. 





 

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