O magistrado tomou a iniciativa por entender que a carga horária excessiva nas escolas provoca danos à saúde das crianças e adolescentes.
O juiz federal argumenta que a excessiva carga horária nas escolas está provocando estresse e fadiga nos estudantes. Marcio Braga iniciou o debate após perceber que sua filha de 15 anos apresentava esgotamento físico, devido a falta de tempo para o lazer.A minha iniciativa partiu da observação ao longo dos anos, dos pais reclamando das crianças que se apresentavam estressadas e ao longo dos anos fui acumulando essa observação de que as aulas estavam trazendo transtornos as crianças e adolescentes da nossa cidade", justificou.
O Psicólogo Carlos Henrique Aragão concorda com a preocupação do magistrado e afirma que diversos transtornos psíquicos dos adolescentes de Teresina se relacionam com a pressão sofrida por eles nas escolas e na família.
Vários transtornos mentais catalogados nos códigos de diagnostico estão muito presentes hoje na nossa juventude. Muito disso vem em função do que ele apreende na família e na escola. A escola, na medida em que registra um avanço na pressão, na quantidade de conteúdo, muitas vezes adiantados, isso vai causar algum prejuízo psíquico", destacou.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí (Sinepe-PI), Marcelo Siqueira, não apresenta objeção à proposta, mas lembrou que as escolas são livres para definir como trabalhar, o que é garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Cada escola tem seu perfil, seu projeto pedagógico, seu regimento interno. E os pais têm que escolher de acordo com as suas convicções, com a sua dinâmica familiar”, defendeu.
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