Os quase 5,8 milhões de estudantes que prestam a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 1.615 municípios neste final de semana representarão um gasto total de algo próximo a R$ 267 milhões para o Ministério da Educação (MEC). O valor por aluno será de R$ 46 na prova que serve de base para ingressar no ensino superior.
O número foi apresentado nesta sexta-feira (2) pelo ministro Aloízio Mercadante, que prometeu um processo de avaliação com “cuidado e rigor”, em referência a falhas ocorridas em anos anteriores. “Todos os itens (de segurança) foram checados e a impressão foi absolutamente segura”, disse, afastando receios de vazamento da prova, como ocorrido em 2009.
Para 2012, são esperados pouco mais de 28 mil estudantes com alguma deficiência física, como surdez, cegueira ou dificuldade de locomoção. Outras cerca de 70 mil pessoas necessitam de atenção especial, como cadeiras e carteiras adaptadas.
Frio na barriga
Economista formado pela Universidade de São Paulo, Mercandante recomendou tranquilidade aos estudantes. “Fiz o vestibular em 1972 e me sinto como se estivesse fazendo de novo”, recordou. “Os estudantes podem ficar tranquilos que eles vão prestar a prova com muito conforto. Se der aquele friozinho na barriga, respire fundo que tudo vai dar certo”, recomendou.
As 1,2 mil toneladas de provas só serão entregues aos fiscais de 15 mil salas de realização do exame horas antes do início do teste, às 13h em ponto em todo País, conforme o horário oficial de Brasília – nos Estados que não participam do horário de verão, a prova começa às 12h local. O ministro recomenda chegar para a prova um uma hora de antecedência. É importante levar o comprovante de inscrição e o RG original.
As provas serão distribuídas via 9.788 rotas definidas no mapa pelo Inep, responsável por desenvolver 3.400 pontos de certificação e checagem de processo para elaboração, impressão, distribuição e correção do exame.
A realização do Enem envolverá cerca de 20 mil homens das polícias estaduais e federal. Ao todo, entre técnicos, fiscais e pessoal de suporte, estarão envolvidos 576.617 profissionais.
O MEC está, inclusive, monitorando o clima para identificar pontos onde chuvas podem gerar empecilhos para os estudantes chegarem aos locais de prova. O ministério pediu ainda para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não realizar obras em rodovias próximas aos locais de prova como forma de evitar congestionamentos.
Redação polêmica
Mercante rebateu críticas ao método de correção das redações que os alunos deverão entregar junto com o gabarito preenchido com as respostas da prova. Os textos serão corrigidos, inicialmente, por dois professores.
Caso as notas sejam muito discrepantes, um terceiro corretor fará uma avaliação. Se mesmo assim houver valores muito diferentes entre as notas concedidas, uma banca examinadora formada por outros três professores mestre-doutores irão recorrigir. “Pela primeira vez, os alunos têm um guia para redação. Os estudantes sabem o que vai ser exigido deles”, afirmou o ministro.
Com informações do iG e G1
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