O governador Wellington Dias oficializou, nesta quinta-feira (21), a carnaúba (Copernicia Prunifera) como árvore símbolo do estado do Piauí. A solenidade de assinatura do decreto ocorreu na Praça Cultural Francisco das Chagas de Araújo Costa Júnior, sob a Ponte JK, na Avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina.
Com 49%, a carnaúba foi a vencedora da disputa realizada por meio de consulta pública. A ação foi fruto da parceria entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar) e a Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Quatro tipos de árvores foram colocados à disposição do público para escolha: bacuri, jatobá, carnaúba e ipê amarelo.
Na ocasião, o governador participou do plantio de 25 mudas. "É um marco importante, pois a árvore foi eleita de forma democrática. É interessante que toda a equipe se envolveu e a população participou animada da votação. A carnaúba já é uma árvore protegida no estado. Temos uma das maiores reservas de carnaúba do planeta, portanto, é uma grande responsabilidade proteger essa espécie, que nos representa bem com a sua beleza, além de ter uma força econômica relevante", destacou Wellington.
Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Ziza Carvalho, além do fator econômico, a carnaúba foi uma boa escolha pelo fato de estar profundamente ligada à identidade cultural do povo piauiense. "Na colonização, ela serviu para a construção dos currais de gado no Piauí, para as vigas de sustentação das casas; as palhas cobriam as casas; o pó representa a segunda pauta de exportação econômica do estado. Dos 20 municípios produtores do pó da carnaúba, 15 estão localizados no nosso estado, portanto, merece ser a árvore símbolo", pontuou o gestor.
Segundo o reitor da Uespi, Nouga Cardoso, com o decreto, a preservação da carnaúba ficará mais intensa. "A derrubada dessa espécie passa a depender de prévia licença ambiental dos órgãos competentes. Dela, se extraía produtos de grande valor agregado e ainda há muito o que possa ser retirado para contribuir para o desenvolvimento do estado. No entanto, para podermos ter acesso a esses derivados, temos que partir da preservação e do replantio em regiões que eram cercadas pela carnaúba", atentou Nouga.
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